sábado, 4 de maio de 2013

Vídeo Aula 24 - Gênero e diversidade sexual: desafios para a prática docente



Mais uma vez retomando a questão do gênero e do respeito à diversidade, inclusive em relação à opção sexual, a vídeo aula aponta a necessidade extrema de a escola intervir, por meio de suas práticas diárias, em toda e qualquer forma de discriminação.

Ainda que no Brasil já ocorra o reconhecimento de novas demandas no âmbito de direitos de gênero e de sexualidade, tais como a luta para a eliminação da discriminação contra as mulheres, com forte influência dos organismos internacionais e movimentos sociais, os quais determinaram a introdução da questão de Gênero e da Sexualidade no currículo escolar, ainda vivemos em uma sociedade preconceituosa, que oprime e agride de diversas formas aquele que é diferente do padrão imposto pelos detentores do poder.

A educação deve ser também um espaço de cidadania e de respeito aos direitos humanos, o que tem levado o currículo a discutir o tema da inclusão de grupos minoritários. Entre estes grupos estão os grupos de gênero representados por feministas, gays e lésbicas. No Brasil, há muitos estudos sobre a exclusão de mulheres, porém poucos estudos educacionais acerca do tema da diversidade sexual. Essa ausência na educação, provavelmente, tem como causa a predominância de proposições essencialistas e excludentes nos conceitos utilizados para pensar identidades sexuais e de gênero. Algumas formas de resistência apontadas por este artigo são: incluir os estudos de gênero nos cursos de formação docente, a análise crítica de representações sexuais e de gênero produzidas pela mídia e a experimentação de novas formas de linguagem que possam desconstruir estruturas identitárias binárias e excludentes, como homem-mulher e heterossexual-homossexual, produzidas pelo discurso educacional. 1


Com plena consciência de que essa luta é árdua, sem qualquer previsão de término ou avanço relevante, é preciso que a comunidade escolar literalmente “desvende os olhos” para a realidade que nos cerca e deixe de voltar suas práticas, seus discursos aos estereótipos de gênero, pois a educação é o principal caminho para a efetivação da convivência democrática. Sem dúvida, o primeiro passo é deixar de reproduzir atitudes que cultuam o preconceito.



SUGESTÃO DE LEITURA:

A proposta desta obra é proporcionar a professores e demais agentes escolares um espaço de discussão e de formação no que concernem os temas da diversidade no âmbito escolar. Especificamente, trata-se de discutir as práticas educativas formais e informais relacionadas à diversidade sexual, de gênero e étnico-raciais, bem como as políticas educacionais decorrentes desses temas e que se fazem necessárias para promoção de processos de democratização na escola e enfrentamento das diferentes formas de violência relacionadas às questões abordadas.



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