sábado, 4 de maio de 2013

Vídeo Aula 28 - Encaminhamentos pedagógicos na escola pública sobre a questão religiosa



A vídeo aula aborda a questão da diversidade religiosa na escola, principalmente sob o aspecto legal, já que conforme citado na postagem anterior, o respeito à liberdade de crença é um direito de todo cidadão brasileiro. 
Além disso, retrata a inserção do ensino religioso nas escolas públicas brasileiras. Confira as reportagens abaixo:






A partir dos fatos apresentados, pode-se estabelecer que:

  • Os profissionais da educação precisam se informar e refletir, para encontrar meios de lidar com a pluralidade religiosa existente entre os alunos;
  •  O educador precisar ter consciência de que sua atitude sempre deve ser neutra e democrática, já que, por exemplo, ao expor um símbolo que represente sua religião em sala de aula, fere o espaço público, apropriando-se deste para expor sua crença pessoal;
  • O educador ético, que estimula a convivência democrática, deve se preocupar em  ouvir e acolher o aluno, independentemente de suas escolhas religiosas;
  • Enquanto formador de opiniões, o professor pode ajudar a criança a detectar suas heranças religiosas, deixando-a livre para se posicionar;
  • É preciso resgatar com os alunos todos os equívocos acerca da religião que já ocorreram ao longo da história, ressaltando que pessoas já foram perseguidas, torturadas e mortas por suas escolhas religiosas, com o intuito de conscientizá-los a respeitar a diversidade.



Vídeo Aula 27 - A produção da identidade/diferença - a questão religiosa


Ao longo do presente módulo e por meio dessa vídeo aula, constatou-se que a construção da identidade de um sujeito se dá a partir da pluralidade do contexto que o cerca e das suas próprias questões singulares
O fato de o Estado ser laico, ou seja, possui posição neutra em relação à escolha da religião dos cidadãos, esclarece que todos têm direito a optar por sua crença, a qual deve ser respeitada, uma vez que este é o fundamento da diversidade religiosa.
É importante destacar que inclusive os Ateus (que não acreditam em Deus) e os Agnósticos (não acreditam, nem descreem) têm direito a suas escolhas asseguradas.
Além disso, a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 5º, inciso VI dispõe que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, proteção aos locais de culto e a suas liturgias."



Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.
(Declaração Universal dos Direitos Humanos)



Sendo assim, mais uma vez, retoma-se a fundamental participação da escola na preservação desse direito, com a adoção de estratégias que privilegiem discussões sobre a liberdade de escolha de crença de cada um e, principalmente, da importância da diversidade, inclusive religiosa, para nos edificarmos enquanto sujeitos críticos, éticos e democráticos.

Vídeo Aula 24 - Gênero e diversidade sexual: desafios para a prática docente



Mais uma vez retomando a questão do gênero e do respeito à diversidade, inclusive em relação à opção sexual, a vídeo aula aponta a necessidade extrema de a escola intervir, por meio de suas práticas diárias, em toda e qualquer forma de discriminação.

Ainda que no Brasil já ocorra o reconhecimento de novas demandas no âmbito de direitos de gênero e de sexualidade, tais como a luta para a eliminação da discriminação contra as mulheres, com forte influência dos organismos internacionais e movimentos sociais, os quais determinaram a introdução da questão de Gênero e da Sexualidade no currículo escolar, ainda vivemos em uma sociedade preconceituosa, que oprime e agride de diversas formas aquele que é diferente do padrão imposto pelos detentores do poder.

A educação deve ser também um espaço de cidadania e de respeito aos direitos humanos, o que tem levado o currículo a discutir o tema da inclusão de grupos minoritários. Entre estes grupos estão os grupos de gênero representados por feministas, gays e lésbicas. No Brasil, há muitos estudos sobre a exclusão de mulheres, porém poucos estudos educacionais acerca do tema da diversidade sexual. Essa ausência na educação, provavelmente, tem como causa a predominância de proposições essencialistas e excludentes nos conceitos utilizados para pensar identidades sexuais e de gênero. Algumas formas de resistência apontadas por este artigo são: incluir os estudos de gênero nos cursos de formação docente, a análise crítica de representações sexuais e de gênero produzidas pela mídia e a experimentação de novas formas de linguagem que possam desconstruir estruturas identitárias binárias e excludentes, como homem-mulher e heterossexual-homossexual, produzidas pelo discurso educacional. 1


Com plena consciência de que essa luta é árdua, sem qualquer previsão de término ou avanço relevante, é preciso que a comunidade escolar literalmente “desvende os olhos” para a realidade que nos cerca e deixe de voltar suas práticas, seus discursos aos estereótipos de gênero, pois a educação é o principal caminho para a efetivação da convivência democrática. Sem dúvida, o primeiro passo é deixar de reproduzir atitudes que cultuam o preconceito.



SUGESTÃO DE LEITURA:

A proposta desta obra é proporcionar a professores e demais agentes escolares um espaço de discussão e de formação no que concernem os temas da diversidade no âmbito escolar. Especificamente, trata-se de discutir as práticas educativas formais e informais relacionadas à diversidade sexual, de gênero e étnico-raciais, bem como as políticas educacionais decorrentes desses temas e que se fazem necessárias para promoção de processos de democratização na escola e enfrentamento das diferentes formas de violência relacionadas às questões abordadas.



Vídeo Aula 23 - Relações sociais de gênero: um direito e uma categoria de análise


Conceito de Gênero:  organização social da diferença sexual.


Como já se discutiu em outros módulos do curso, a busca  pelo fim da desigualdade de gênero não é recente e embora já tenha ocorrido diversos avanços na conquista dos direitos femininos, como o rompimento das definições de tarefas sociais (mulheres, antes, relacionadas exclusivamente à educação dos filhos e atividades domésticas, enquanto homens arcavam com as responsabilidades econômicas) e à integridade física da mulher (delegacia de defesa da mulher e leis que a ampara), ainda há traços evidentes de preconceito de gênero na sociedade moderna e temos muito o que caminhar na efetivação desses direitos.


Afinal, os índices de violência e discriminação da mulher nos mais diversos setores da sociedade ainda são extremamente altos, fato que nos alerta à necessidade de um trabalho curricular que privilegie essas questões no contexto escolar.


Os gráficos abaixo ilustram que a mulher já possui papel ativo na sociedade, principalmente em relação à participação no mercado de trabalho.




Entretanto, os dados abaixo confirmam que apesar dos direitos teoricamente conquistados, ainda há muitas ocorrências de desrespeito, preconceito e violência contra a mulher:




Vídeo Aula 20 - Diferentes possibilidades culturais no currículo escolar


Principais lugares em que ocorre a produção da identidade-referência:
  • Contexto parental;
  • Comunidade local;
  • Escola;
  • Na mídia, especificamente na TV.
fernandalourenzato.blogspot.com

Considerando-se que, na escola, as identidades e diferenças são evidenciadas em todos os espaços, pode-se afirmar que é primordial estar atento a tais territórios demarcados, afim de que as diferenças não sejam expostas de forma negativa no cotidiano escolar.
Assim, é preciso buscar estratégias que legitimem a multiculturalidade, a não homogeneização imposta pela falsa igualdade, de forma que a comunidade escolar vivencie, numa perspectiva interdisciplinar, as diversas possibilidades de discussão e  reflexão acerca das diferenças culturais e a necessidade de se respeitar tais diferenças.
Para tanto, as escolas devem realizar um mapeamento para detectar os principais aspectos culturais a serem inseridos no currículo e, dessa forma, propor ações pedagógicas voltadas diretamente às necessidades locais daquele contexto escolar.
É importante ressaltar que essas temáticas não podem ser trabalhadas apenas em datas comemorativas como, por exemplo, o racismo abordado somente no dia da consciência negra.

     Ainda que haja um currículo voltado às questões da diversidade, é preciso estar atento à ocorrência qualquer manifestação racista na escola, explícitas ou não, estas devem ser mediadas imediatamente, a fim de desconstrui-las. 

Vídeo Aula 19 - Relações etnicorraciais na escola

O racismo é a tendência do pensamento, ou o modo de pensar, em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras, normalmente relacionando características físicas hereditárias a determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais. O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões pré concebidas que valorizam as diferenças biológicas entre os seres humanos, atribuindo superioridade a alguns de acordo com a matriz racial.1



A comunidade escolar deve estar atenta para evitar e eliminar qualquer prática de preconceito. É papel da escola instruir contra o racismo, por meio de atividades diversificadas, diálogos e reflexões transversais. 
Abaixo, seguem materiais diversos, os quais podem ser utilizados como recurso para se inserir essa discussão nas práticas pedagógicas diárias.




RACISMO É BURRICE
Gabriel - O pensador
Salve, meus irmãos africanos e lusitanos, do outro lado do oceano
"O Atlântico é pequeno pra nos separar, porque o sangue é mais forte que a água do mar"
Racismo, preconceito e discriminação em geral;
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal, que justificativa você me dá para um povo que precisa de união
Mas demonstra claramente
Infelizmente
Preconceitos mil
De naturezas diferentes
Mostrando que essa gente
Essa gente do Brasil é muito burra
E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente esse povo já teria agido de forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
A "elite" que devia dar um bom exemplo
É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento
Num complexo de superioridade infantil
Ou justificando um sistema de relação servil
E o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminação
Não tem a união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça está em nossas mãos
Só precisamos de uma reformulação geral
Uma espécie de lavagem cerebral
Racismo é burrice
Não seja um imbecil
Não seja um ignorante
Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante
O quê que importa se ele é nordestino e você não?
O quê que importa se ele é preto e você é branco
Aliás, branco no Brasil é difícil, porque no Brasil somos todos mestiços
Se você discorda, então olhe para trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura, então por que o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou
Nasceram os brasileiros, cada um com a sua cor
Uns com a pele clara, outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
Então presta atenção nessa sua babaquice
Pois como eu já disse racismo é burrice
Dê a ignorância um ponto final:
Faça uma lavagem cerebral
Racismo é burrice
Negro e nordestino constróem seu chão
Trabalhador da construção civil conhecido como peão
No Brasil, o mesmo negro que constrói o seu apartamento ou o que lava o chão de uma delegacia
É revistado e humilhado por um guarda nojento
Que ainda recebe o salário e o pão de cada dia graças ao negro, ao nordestino e a todos nós
Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói
O preconceito é uma coisa sem sentido
Tire a burrice do peito e me dê ouvidos
Me responda se você discriminaria
O Juiz Lalau ou o PC Farias
Não, você não faria isso não
Você aprendeu que preto é ladrão
Muitos negros roubam, mas muitos são roubados
E cuidado com esse branco aí parado do seu lado
Porque se ele passa fome
Sabe como é:
Ele rouba e mata um homem
Seja você ou seja o Pelé
Você e o Pelé morreriam igual
Então que morra o preconceito e viva a união racial
Quero ver essa música você aprender e fazer
A lavagem cerebral
Racismo é burrice
O racismo é burrice mas o mais burro não é o racista
É o que pensa que o racismo não existe
O pior cego é o que não quer ver
E o racismo está dentro de você
Porque o racista na verdade é um tremendo babaca
Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca
E desde sempre não pára pra pensar
Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar
E de pai pra filho o racismo passa
Em forma de piadas que teriam bem mais graça
Se não fossem o retrato da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprendem brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando
Nenhum tipo de racismo - eu digo nenhum tipo de racismo - se justifica
Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural
Todo mundo que é racista não sabe a razão
Então eu digo meu irmão
Seja do povão ou da "elite"
Não participe
Pois como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice
Racismo é burrice
E se você é mais um burro, não me leve a mal
É hora de fazer uma lavagem cerebral
Mas isso é compromisso seu
Eu nem vou me meter
Quem vai lavar a sua mente não sou eu
É você.

POEMA: Chega de racismo
De história mal contada

Chega de hipocrisia
De mentira esfarrapada
Esse preconceito infeliz
Que por aí diz
Que negro não vale nada.
O negro também precisa
Ser privilegiado
Chega de arrogância
Branco tenha cuidado
Com o preconceito em alta
Pois quem muito se exalta
É sempre humilhado.
Preto, branco e mulato
Vamos nos unir
O preconceito é horrível
E não é para existir
Já que todos somos irmãos
Essa grande nação
Espalhada por aí.



A consciência negra
Quer exatamente
Provar que somos iguais
E não diferentes
São lutas populares
Como as de Zumbi dos Palmares
Que morreu pela sua gente.



É preciso desde já
Com amor todo gentil
Acabar com o preconceito
E ver em nosso Brasil
O negro sorrindo tanto
Como a Daiane dos Santos,
Pelé e Gilberto Gil.




de Alex Santos
Salvador - BA


sexta-feira, 3 de maio de 2013

Vídeo Aula 16 - Encaminhamentos pedagógicos: blog no ensino de ciências

Um blog, blogue, weblog ou caderno digital é uma página da WEB, que permite o acréscimo de atualizações de tamanho variável chamados artigos ou posts. Estes podem ser organizados de forma cronológica inversa ou divididos em links sequenciais, que trazem a temática da página, podendo ser escritos por várias pessoas, dependendo das suas regras. O blog conta com algumas ferramentas para classificar informações técnicas a seu respeito, todas elas são disponibilizadas na internet por servidores e/ou usuários comuns. As ferramentas abrangem: registro de informações relativas a um site ou domínio da internet quanto ao número de acessos, páginas visitadas, tempo gasto, de qual site ou página o visitante veio, para onde vai do site ou página atual e uma série de outras informações. Os sistemas de criação e edição de blogs são muito atrativos pelas facilidades que oferecem, pois dispensam o conhecimento de HTML, o que atrai pessoas a criá-los.1


Essa vídeo aula apresentou um projeto desenvolvido para o ensino de Ciências, por meio da utilização de BLOG.
Como citado no post anterior, o uso do blog como ferramenta de ensino-aprendizagem se inclui nas tendências da juventude atual, justamente por ser um recurso tecnológico, fato que reafirma o sucesso do projeto relatado na aula.


Dentre as inúmeras vantagens da utilização do blog, pode-se destacar:
  • a facilidade de utilização;
  • a gratuidade;
  • a interação;
  • inserção de vídeos, músicas, imagens, artigos, entre outros.

Além disso, outra possibilidade de extrema contribuição para o processo de ensino-aprendizagem é a facilidade de o professor realizar intervenções, correções e orientações ao decorrer das postagens, com a vantagem de não haver o limite de tempo imposto pela sala de aula. 



Vídeo Aula 15 - Produção da identidade/diferença: culturas juvenis e tecnocultura


Ser jovem é um fenômeno cultural, estabelece-se a partir de condições históricas e discursos. Assim, a posição geográfica, social e cultural interfere  no perfil da juventude.
As mídias realizam estudos para coletar e difundir os moldes da juventude, de forma que se criam os padrões de identidade cultural, que podem ser classificados em dominantes e não dominantes.

Considerando-se que a mídia exerce grande poder sobre a juventude, justamente pelo fato de lhes apresentar conteúdo relacionado a sua identidade, pode-se afirmar que se as instituições escolares adotassem essa estratégia de mapear os jovens que integram seu público alvo e utilizar os dados obtidos para promover transformações significativas na dinâmica das aulas e, consequentemente, no processo de ensino-aprendizagem.


Tecnocultura: a cultura juvenil urbana

A maioria dos jovens urbanos têm a internet como principal meio de cultura. 
A MTV encomendou 5 dossiês para verificar quais são os comportamento dos jovens, e descobriu a importância que tem a tecnologia na vida deles:
  • Em 1999 15% tinha celular e internet.
  • Hoje, mais de 90% têm esse acesso.







Os jovens utilizam diversas linguagens tecnológicas, tais como:
  • Notebooks;
  • Celulares;
  • Blogs;
  • E-mail;
  • Redes sociais;
  • Entre outros.


Para a juventude moderna, não é a tecnologia digital que faz a diferença, mas sim a tecnocultura, uma vez que  na internet  eles vivem  um conjunto de práticas completamente diferentes do que eles vivem  no mundo externo.

Dessa forma, os adultos são como se fossem seres de planetas diferentes, porque têm maneiras diferentes de se comunicar, fato que, novamente, remete-nos à importância de o professor conhecer as práticas desses grupos,  integrar-se e dialogar, afim de produzir um espaço de aprendizagem que considere a tecnocultura.






As imagens abaixo ilustram a extrema necessidade de os educadores repensarem suas práticas, visto que na era da tecnologia e da informação, não cabe mais o modelo de aula tradicional, no qual a professora escrevia a teoria na lousa e os alunos passavam horas a fazer cópias.






Vídeo Aula 12 - Multiculturalismo: encaminhamentos pedagógicos


Para começar, o multiculturalismo é uma estratégia política de reconhecimento e representação da diversidade cultural, não podendo ser concebido dissociado dos contextos das lutas dos grupos culturalmente oprimidos. Politicamente, o movimento reflete sobre a necessidade de redefinir conceitos como cidadania e democracia, relacionando-os à afirmação e à representação política das identidades culturais subordinadas. Como corpo teórico questiona os conhecimentos produzidos e transmitidos pelas instituições escolares, evidenciando etnocentrismos e estereótipos criados pelos grupos sociais dominantes, silenciadores de outras visões de mundo. Busca, ainda, construir e conquistar espaços para que essas vozes se manifestem, recuperando histórias e desafiando a lógica dos discursos culturais hegemônicos. 1



Características do Currículo que favorece/aplica o Multiculturalismo
  • Procedimentos democráticos;
  • Reflexão crítica sobre as práticas sociais;
  • Promoção de entrecruzamento das culturas;
  • Resistência à reprodução da ideologia dominante;
  • Questionamento das relações de poder;
  • Ênfase às diferenças.



Para garantir a conscientização e respeito à diversidade cultural, é preciso que as escolas busquem encaminhamentos pedagógicos inspirados no Multiculturalismo. Assim, as práticas pedagógicas devem favorecer:
  • Tematização : selecionar um assunto e analisá-lo sob diversos pontos de vista.
  • Reconhecimento do patrimônio cultural da comunidade .
  • Hibridização discursiva – unir diversos discursos no currículo (pontos de vista de vários atores sociais, como discurso acadêmico + cultura local + senso comum priorizado pela mídia).
  • Adotar mecanismos de diferenciação pedagógica -organizar atividades que valorizam repertórios dos alunos de diferentes formas (leitura + pesquisa + entrevistas + fontes variadas).
  • Pedagogia do dissenso   - fazer da sala de aula um encontro de posicionamentos diferentes.
  • Concepção metodológica dialética - promover trocas de significados e desenvolver uma análise mais profunda sobre os assuntos e, a partir dessas referências, desenvolver sínteses pessoais ou coletivas.
  • Abordagem etnográfica- analisar os temas trabalhados e tentar encontrar suas origens e o porquê de suas significações, ajudar os alunos a interpretar e ir além do que está escrito nos livros didáticos.
  • Registro – é uma forma de acompanhar o percurso, em qual  direção se está caminhando, por meio de monitoramento e avaliação.


SUGESTÃO DE LEITURA SOBRE O ASSUNTO:Mesmo sendo ótima leitura de filosofia política, este livro esclarece para professores e pesquisadores educacionais, alguns dilemas-chave do nosso tempo. Ajuda também pais, adultos, jovens e estudantes envolvidos em toda espécie de ambiente educacional, a entenderem as conexões entre cidadania, democracia e multiculturalismo nos influxos da globalização. Apresenta teorias, conexões, influxos, perspectivas e omissões.









Vídeo Aula 11 - Políticas culturais, multiculturalismo e currículo

Multiculturalismo

Consiste em uma política de inclusão social e convivência democrática. Na educação, é imprescindível estabelecer um currículo que reconheça as diferenças, com o objetivo de um contexto de convivência democrática.


Políticas Culturais
  • Políticas culturais segregacionistas - Os direitos do indivíduo se constituem de acordo com o grupo a que ele pertence.
  • Políticas culturais assimilacionistas - Nestas, alguns grupos (que reproduzem determinados significados) são melhores que os outros. Pensamento que reflete práticas que ocorrem nas escolas e até mesmo em alguns programas de televisão.
  • Políticas culturais integracionistas - Notam e respeitam as diferenças, buscam preservar a identidade de cada indivíduo.


Na concepção multicultural, nenhum sujeito é considerado absolutamente puro, visto que temos traços de diversas identidades, o que nos faz ocupar ora lugares que estão em vantagem, de acordo com os padrões impostos pela sociedade, ora os que estão em desvantagem.
Assim, a partir dessa visão de múltiplas culturas e identidades, a escola deve refletir sobre quais critérios empregará para selecionar temas, conteúdos, atividades, entre outros itens que integram sua prática pedagógica.
A construção curricular das escolas deve ser feita de forma democrática, mesclando as políticas culturais, pois a partir do momento em que a sociedade é heterogênea, rica em diversidade, as ações educacionais também devem ser direcionadas a tal fato.


SUGESTÕES DE LEITURA:






Organizado por Antonio Albino Canelas Rubim, atual Secretário de Cultura do Estado da Bahia, e Renata Rocha, doutoranda da Universidade Federal da Bahia (UFBA), este livro busca suprir uma lacuna existente na bibliografia especializada nos estudos de políticas culturais, estimulando, também, a produção acadêmica voltada ao ensino nesta área. Reúne textos de professores e pesquisadores que abordam questões como o financiamento, gestão e organização da cultura. Oferece, ainda, um panorama das políticas culturais ao redor do mundo.









As políticas públicas têm se caracterizado nas últimas décadas, no Brasil, por uma racionalidade técnica, instaurada por meio do paradigma político que pode ser identificado com o neopragmatismo. A lógica dessas políticas tem sido a institucionalização das determinações de organismos internacionais que vêem na Educação um dos meios para a adequação social às novas configurações do desenvolvimento do capital. Esses organismos, como é o caso do Banco Mundial, têm exigido dos países periféricos programas de ajuste estrutural visando à implantação de políticas macroeconômicas, que venham a contribuir para a redução dos gastos públicos e a relação de recursos necessários ao aumento de superávits na balança comercial, buscando com essas medidas aumentar a eficiência do sistema econômico. Para que esses países sejam incluídos no processo de globalização capitalista, essas exigências básicas têm uma influência direta sobre a determinação das políticas públicas, sobretudo àquelas de caráter social, tendo em vista os cortes no orçamento e a diminuição dos gastos públicos que as medidas recomendadas representam.











Este livro, de Luiz Alberto Oliveira Gonçalves e Petronilha B. Gonçalves e Silva, fala sobre o direito à diferença e busca compreender, na cena social, os diversos significados de multiculturalismo. Os autores observam conceitos como “discriminação”, “preconceito” e “politicamente correto” e e constatam que as regras desse “jogo das diferenças” estão em constante mudança.