Mais uma vez retomando a questão
do gênero e do respeito à diversidade, inclusive em relação à opção sexual, a
vídeo aula aponta a necessidade extrema de a escola intervir, por meio de suas
práticas diárias, em toda e qualquer forma de discriminação.
Ainda que no Brasil já ocorra o
reconhecimento de novas demandas no âmbito de direitos de gênero e de
sexualidade, tais como a luta para a eliminação da discriminação contra as
mulheres, com forte influência dos organismos internacionais e movimentos
sociais, os quais determinaram a introdução da questão de Gênero e da
Sexualidade no currículo escolar, ainda vivemos em uma sociedade
preconceituosa, que oprime e agride de diversas formas aquele que é diferente
do padrão imposto pelos detentores do poder.
A educação
deve ser também um espaço de cidadania e de respeito aos direitos humanos, o
que tem levado o currículo a discutir o tema da inclusão de grupos
minoritários. Entre estes grupos estão os grupos de gênero representados por
feministas, gays e lésbicas. No Brasil, há muitos estudos sobre a exclusão de
mulheres, porém poucos estudos educacionais acerca do tema da diversidade
sexual. Essa ausência na educação, provavelmente, tem como causa a predominância
de proposições essencialistas e excludentes nos conceitos utilizados para
pensar identidades sexuais e de gênero. Algumas formas de resistência apontadas
por este artigo são: incluir os estudos de gênero nos cursos de formação
docente, a análise crítica de representações sexuais e de gênero produzidas
pela mídia e a experimentação de novas formas de linguagem que possam
desconstruir estruturas identitárias binárias e excludentes, como homem-mulher e
heterossexual-homossexual, produzidas pelo discurso educacional. 1
Com plena consciência de que essa
luta é árdua, sem qualquer previsão de término ou avanço relevante, é preciso
que a comunidade escolar literalmente “desvende os olhos” para a realidade que
nos cerca e deixe de voltar suas práticas, seus discursos aos estereótipos de gênero,
pois a educação é o principal caminho para a efetivação da convivência democrática.
Sem dúvida, o primeiro passo é deixar de reproduzir atitudes que cultuam o
preconceito.
SUGESTÃO DE LEITURA:
A proposta desta obra é proporcionar a professores e demais agentes escolares um espaço de discussão e de formação no que concernem os temas da diversidade no âmbito escolar. Especificamente, trata-se de discutir as práticas educativas formais e informais relacionadas à diversidade sexual, de gênero e étnico-raciais, bem como as políticas educacionais decorrentes desses temas e que se fazem necessárias para promoção de processos de democratização na escola e enfrentamento das diferentes formas de violência relacionadas às questões abordadas.
1Disponível em http://www.scielo.br/pdf/es/v29n103/09.pdf
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